Tecnologias Sociais: entenda o conceito que tem mudado a vida de famílias no semiárido potiguar
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Tecnologias Sociais: entenda o conceito que tem mudado a vida de famílias no semiárido potiguar
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Prestes a completar 30 anos de atuação no Rio Grande do Norte, o Seapac tem sido um aliado importante das famílias campesinas por levar esse tipo de tecnologia para o campo
O Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac) tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento sustentável do Semiárido Potiguar nas últimas três décadas. As ações da instituição sem fins lucrativos são oferecidas em sincronia com a realidade e as demandas das famílias de comunidades rurais em situação de vulnerabilidade.
Apenas no ano passado, foram mais de 800 atividades desenvolvidas nas regiões do Trairi, Seridó e Alto Oeste. Desse número, destacam-se principalmente ações de fomento à agroecologia, que garantiram a produção de alimentos agroecológicos ou saudáveis nos quintais produtivos e lotes de terra das mais de 125 famílias beneficiadas.
Dentre as tecnologias sociais levadas para o campo pela instituição, estão as cisternas de primeira e segunda água. As cisternas da primeira água permitem o armazenamento de água da chuva, proporcionando acesso à água potável para as famílias durante períodos de escassez hídrica. Já as cisternas de segunda água possibilitam o armazenamento de água para atividades domésticas e produtivas, como a irrigação de hortas e criação de animais.
Além disso, o Seapac tem promovido a instalação de biodigestores, uma tecnologia que transforma resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante. Essa solução tem impacto significativo na vida das comunidades rurais, uma vez que o biogás pode ser utilizado para a cocção de alimentos e geração de energia, substituindo o tradicional fogão a lenha e reduzindo custos. O biofertilizante, por sua vez, contribui para melhorar a produtividade agrícola, assim contribuindo para a segurança alimentar das famílias.
“Para desenvolver o semiárido, entendemos que não é suficiente só o esforço da comunidade somado ao esforço de uma entidade como o Seapac. Não podemos prescindir da participação ativa do Estado, que existe para favorecer as condições adequadas para a população mais necessitada construir e escrever sua história de desenvolvimento. Por isso, para além das nossas ações práticas, entendemos hoje que é preciso disputar políticas públicas, e se elas não existem, é preciso criá-las ouvindo a sociedade”, explica Francisco Teixeira, coordenador estadual do Seapac.
Por ter essa consciência, a instituição reforça as ações de implementação de tecnologias sociais com a criação de associações rurais. Assim, as famílias camponesas conseguem se unir de forma organizada e reivindicar seus próprios direitos para as autoridades.
“Sempre tivemos como participante ativo a família dos trabalhadores rurais. Fazemos questão que o protagonista das nossas atividades não seja o técnico nem a diretoria, e sim os trabalhadores que vivem e teimam em viver do semiárido potiguar” conta Francisco.
Ao facilitar a vida no semiárido através de tecnologias sociais, o Seapac se destaca como uma entidade comprometida em promover soluções simples, eficientes e de baixo custo, levantando sempre a bandeira da agroecologia e sustentabilidade. Tudo isso é possível graças ao apoio de parceiros, voluntários e doadores, que viabilizam a promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida no semiárido potiguar.
Sobre o Seapac
O Seapac é uma organização brasileira vinculada à Igreja Católica e presente nas três Dioceses do Rio Grande do Norte – Caicó, Mossoró e Natal. Seu trabalho é dedicado ao desenvolvimento de projetos alternativos comunitários, focados na promoção da sustentabilidade, segurança alimentar e fortalecimento das comunidades rurais. Através da implementação de tecnologias sociais, a Seapac busca transformar vidas e promover o desenvolvimento sustentável nas regiões em que atua.
Fonte: Seapac